Desembarque
Quem são vocês?
Nós somos as Titias - DTD - Rosana, Rosalina e Maria
Arlinda. Somos alunas da disciplina Diplomática e Tipologia Documental do curso
de Arquivologia - UNB-
Durante o semestre enfrentamos vários
desafios relativos à disciplina a começar pela criação do blog, a escolha do
tema e objetivo do grupo/blog que acabará de ser montado já pensando como iriam
ser desenvolvidas as atividades relativo ao tema escolhido, visto que este tema
teria que estar relacionado a oficina que iríamos apresentar no final do
semestre. Esta proposta de trabalhar com o blog fez com que as atividades
ficassem dinâmicas e ao mesmo tempo tivemos a oportunidade de compartilhar
nosso aprendizado com outras pessoas, já que o blog é de acesso livre.
O tema escolhido pelo nosso blog foi o intercâmbio
estudantil que já existe na UNB com outras Faculdades conveniadas em vários
países. O desafio para nós foi relacionar o processo de intercâmbio com a
diplomática e tipologia e a arquivologia.
Começaremos por explicar o que é
Arquivologia e o que Diplomática e Tipologia documental.
A arquivologia é a disciplina que estuda
as funções do Arquivo e os princípios e técnicas a serem observados na
produção, organização, guarda preservação e utilização dos arquivos. (ARQUIVO
NACIONAL, 2005). Isso significa que dentro de cada arquivo existem diferentes
tipos de documentos na totalidade do acervo. Para se compreender, organizar e
recuperar a informação desses documentos o arquivista deve analisar cada
documento.
Essa análise individual dos documentos é a
Diplomática. É a disciplina que estuda a estrutura formal do documento e sua
autenticidade. Essa estrutura formal analisada e definida dá ao arquivista a
denominação ou espécie do documento.
Em posse dessa informação o arquivista vai
compreender qual a função administrativa e arquivístiva daquele documento
dentro da instituição em que ele foi produzido/ recebido. A análise tipológica é a junção da espécie
documental com a função de cada documento.
Essa junção da espécie e da função resulta
no tipo documental. E que alguns teóricos também denominam como as séries
documentais.
Essas séries documentais são essenciais
para compreender a totalidade de um arquivo. Cada documento faz “sentido”
quando relacionado a outros documentos da mesma série documental ou mesmo de
diferentes espécies e séries documentais. A partir desses passos que se iniciam
na análise diplomática é possível a organização de qualquer acervo arquivístivo.
Um dos trabalhos dessa disciplina foi
apresentar uma Oficina sobre o tema do
nosso blog, logo, nosso tema foi o trâmite dos documentos para o processo de
intercâmbio. A propósito: Trâmite é o caminho percorrido pelo documento desde
sua criação, recepção até o cumprimento de sua função (ARQUIVO NACIONAL, 2005).
Sendo assim, na oficina usamos quatro
documentos. No entanto, aqui escolhemos
apenas um para montra uma análise diplomática e tipológica da Carta Admissão do
aluno na Universidade.
Vamos analisar a Carta de Admissão usada na nossa OFICINA:
Suponhamos que esse documento estivesse corretamente preenchido com o nome do aluno, universidade do exterior, assinada e carimbada. Daremos um exemplo de análise diplomática e análise tipológica a seguir:
Um análise diplomática mínima seria assim:
Espécie: Carta de admissão de programa de intercâmbioSuporte: Papel
Gênero: Textual
Forma: Original
Formato: Folha avulsa A4
Sinais de validação: Logotipo da universidade, número do carta, data, assinatura e carimbo
Configuração da informação: Logotipo ao centralizada no canto superior, tipo e número do documento canto esquerdo superior, Local e data no canto direito superior, título do documento centralizado, texto do documento (informação geral a ser transmitida), Nome, assinatura e carimbo da autoridade competente disposta centralizada ao final, nome da instituição logo abaixo do nome da autoridade, ao pé da página e centralizado encontra-se o endereço e contato da instituição.
Na análise tipológica a seguir nós consideramos que o documento deve ser usado na embaixada do país estrangeiro em que o aluno vai viajar e por isso necessita de um visto especial de estudante para ser aceito no país. (Normalmente o documento original fica com o estudante e a embaixada fica com uma cópia no seu arquivo).
Uma análise tipológica mínima seria assim:
Espécie: Carta de admissão de programa de intercâmbio
Fundo: Embaixada do país da universidade de destino
Função: Petição de visto especial para estudante
Tipo documental: Carta de admissão de programa de intercâmbio para petição de visto de estudante
Esse mesmo documento em questão é obrigatório para preencher o Contrato de Estudo com o coordenador do curso na Universidade de Brasília, sendo assim, o mesmo documento vai ter OUTRA função.
Viiiish Maria! Complicou? Peraí que as Titias explicam!
Vamos fazer OUTRA análise tipológica com o mesmo documento, Ok?!
Assim:
Espécie: NÃO MUDA! continua sendo... Carta de admissão de programa de intercâmbio
Fundo: MUDA! passa a ser da Universidade de Brasília
Função: MUDA! Autorização para preencher o Contrato de Estudo
Tipo documental: Carta de admissão de programa de intercâmbio de autorização para preencher o Contrato de Estudos.
Nesse caso o mesmo documento vai ser arquivado em instituições diferentes, com funções diferentes!
Sacou?!
É isso!
Um beijo das Titias e tchau!
É isso!
Um beijo das Titias e tchau!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
BELLOTTO, H.L. Arquivos Permanentes: tratamento documental. Rio de Janeiro, 4. ed. FGV, 2006.
LOPEZ, A. Identificação de tipologias documentais em acervos de trabalhadores. In: Antonio José Marques, Inez Terezinha Stampa. (Org.). Arquivos do mundo dos trabalhadores: coletânea do 2º Seminário Internacional. São Paulo: Rio de Janeiro: CUT; Arquivo Nacional, p.15-31.2012 Disponível em:<http://diplomaticaetipologia.blogspot.com.br/> Acesso em 29 de jun. 2016.
AAB/SP - ASSOCIAÇÃO DOS ARQUIVISTAS BRASILEIROS. Núcleo Regional de São Paulo. Dicionário de terminologia arquivística. São Paulo: Secretaria de Estado da Cultura, 1996.
ARQUIVO
NACIONAL (BRASIL). Dicionário brasileiro de terminologia arquivística. Rio de
Janeiro: Arquivo Nacional, 2005.
BELLOTTO, H.L. Arquivos Permanentes: tratamento documental. Rio de Janeiro, 4. ed. FGV, 2006.
LOPEZ, A. Identificação de tipologias documentais em acervos de trabalhadores. In: Antonio José Marques, Inez Terezinha Stampa. (Org.). Arquivos do mundo dos trabalhadores: coletânea do 2º Seminário Internacional. São Paulo: Rio de Janeiro: CUT; Arquivo Nacional, p.15-31.2012 Disponível em:<http://diplomaticaetipologia.blogspot.com.br/> Acesso em 29 de jun. 2016.
PAES, Marilena Leite. Arquivo: teoria e prática. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004.
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